25 outubro 2013

A fugir dali o mais depressa possível - parte 2

Isto aconteceu à duas semanas atrás mas só consegui escrever agora.

Parecia estar tudo a correr bem, mas de repente senti que algo estava errado, foi então que percebi que alguém tinha chegado a casa, era a minha irmã e ela estava lá fora a perguntar se alguém tinha entrado ou se era algum intruso. Não percebi porque é que ela apareceu ali, eu pensava que ela estava na festa como era suposto. A minha grande preocupação foi saber se as cortinas tapavam as janelas todas, pois o quarto era no primeiro piso, tinha muitas janelas horizontais e as cortinas eram translúcidas. Ainda me aproximei da janela junto à cama, espreitei por detrás da cortina e mesmo assim consegui ver o seu vulto e a sua sombra devido ao luar. É verdade que eles os dois não eram namorados, mas senti uma enorme sensação de pânico e adrenalina dentro de mim. Não sei porquê, não sei explicar, éramos todos solteiros por isso não poderiam haver os sentimentos de traição, pânico, culpa, desgosto e vergonha, mas... havia... e muita. Sentia que eles tinham algo secreto e agora ele iria cometer um crime, com a sua própria irmã.
Passou-se tudo num segundo, tinha de agir depressa, ela não nos podia descobrir, era suposto ser segredo e não a conversa do grupo de amigos. Sai do quarto apressada logo no momento em que ela se aproximou da porta, atravessei o corredor e sai pela porta no fundo do corredor, em frente à porta do quarto. Quando sai da casa, corri um pouco, olhei para trás e vi que as luzes do quarto estavam acesas, imagino como deve ter sido estranho encontrar o Bruno de tronco nu no nosso quarto e numa fracção de segundo pensei o que a minha irmã pensou Que raio é que ele está aqui a fazer? De tronco nu? Como é que ele entrou? A Ana é a única que tem a chave. Oh Meus Deus! Eles iam...?!?. "Anaaaa!" gritou ela e foi ai que voltei a correr, a fugir dali o mais depressa possível para onde quer que a adrenalina me levasse, corri em frente no meio das casas da aldeia onde as ruas não eram muito largas e no fim da rua virei. Tinha o coração a bater com muita força no meu peito.
Deparei-me com uma rua sem saída e fiz tudo o que o meu primeiro impulso me permitiu fazer.

Continua...

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